Por muito que me tente convencer de que estás sempre comigo, a apoiar-me, a ouvir-me, a ajudar-me dói de mais! Dói não poder abraçar-te outra vez, custa não sentir o teu cheiro outra vez, magoa só de pensar que não vou mais ouvir a tua voz. Talvez por teres estado tão próximo de mim, tão perto de um beijinho, tão junto de todos nós!...
Não sei se estou a sofrer, porque sempre que penso em ti não choro, não fico triste... Simplesmente esboço o meu mais sincero sorriso e relembro na minha cabeça ou até por palavras cada momento que passei contigo, cada característica tua, cada expressão ou gesto!
Desde que não estás comigo ou connosco (não quero parecer egoísta), muita coisa aconteceu: algumas ias gostar, outras ias resmungar como era teu costume quando algo não te agradava. Hoje peguei no teu carro pela primeira vez e talvez por isso estou mais sensível, mais nostálgica... Senti-me segura, senti como se estivesses exactamente onde estiveste sempre que eu precisei: ao meu lado.
Com estas palavras não quero magoar ninguém, nem deixar ninguém triste. Quero só mostrar a todos o quanto sinto a tua falta, o quanto és importante para mim e o quanto gosto de ti!
Parte do que sou hoje deve-se (também) a ti.
Obrigada por tudo, AVÔ!
Rita Magalhães