terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Sonhando acordada

Tudo parece calmo e tranquilo, sossegado e sem perturbações... Mas quando reparo com atenção, quando olho à minha volta, quando observo cada espaço, cada momento, sinto um vazio. Um vazio grande, um espaço por ocupar, uma gargalhada por dar, uma resmunguice por dizer, uma careta por fazer. Sinto que já não estás aqui como estavas. Não sinto que estejas ausente, pelo contrário... Simplesmente não te vejo!
Por muito que me tente convencer de que estás sempre comigo, a apoiar-me, a ouvir-me, a ajudar-me dói de mais! Dói não poder abraçar-te outra vez, custa não sentir o teu cheiro outra vez, magoa só de pensar que não vou mais ouvir a tua voz. Talvez por teres estado tão próximo de mim, tão perto de um beijinho, tão junto de todos nós!...
Não sei se estou a sofrer, porque sempre que penso em ti não choro, não fico triste... Simplesmente esboço o meu mais sincero sorriso e relembro na minha cabeça ou até por palavras cada momento que passei contigo, cada característica tua, cada expressão ou gesto!
Desde que não estás comigo ou connosco (não quero parecer egoísta), muita coisa aconteceu: algumas ias gostar, outras ias resmungar como era teu costume quando algo não te agradava. Hoje peguei no teu carro pela primeira vez e talvez por isso estou mais sensível, mais nostálgica... Senti-me segura, senti como se estivesses exactamente onde estiveste sempre que eu precisei: ao meu lado.
Com estas palavras não quero magoar ninguém, nem deixar ninguém triste. Quero só mostrar a todos o quanto sinto a tua falta, o quanto és importante para mim e o quanto gosto de ti!

Parte do que sou hoje deve-se (também) a ti.
Obrigada por tudo, AVÔ!

Rita Magalhães

sábado, 11 de dezembro de 2010

O tempo voou

Sentei-me ao computador com toda a vontade do Mundo de voltar a ler o meu blog. Tenho vontade de recomeçar, de continuar a exprimir tudo o que sinto através das palavras, de mostrar um pouco de mim, de poder voltar a escrever...
O tempo escasseia e somente por isso se tem tornado difícil escrever. O bichinho continua aqui. As mãos fluem naturalmente no teclado e as ideias não param de surgir.
Muito tempo passou desde de que fiz o meu último post. Muita coisa mudou, muita coisa melhorou ou piorou, muitas foram as mudanças. Não quer dizer que tenham sido más, mas existiram. Fizeram-me crescer ainda mais um bocadinho. Fizeram-me aprender ainda mais um bocadinho. Mostraram-me ainda mais um bocadinho do meu pequeno Mundo.
Sinto-me bem, concretizada... Feliz? Ainda não sei, mas faço por isso. Tudo se mantém estável à minha volta, tudo está consolidado e julgo que é impossível de ruir. É o que sempre pensamos, nao é?
Mas não é bem assim... A vida é como castelos na areia, é só uma questão de tempo para a água desmoronar o castelo e obrigar-nos a fazer um outra vez.

Rita Magalhães