sexta-feira, 9 de janeiro de 2015

Obrigada Lisboa, até um dia!


O dia de hoje representa o fim de mais uma etapa. Pela quarta vez na minha vida (primeiro a Holanda, depois Manchester, a seguir Braga e agora Lisboa) deixo para trás um pedaço de mim que construí ao longo dos últimos 12 meses, mas levo comigo novas aprendizagens, experiências e conquistas. Um ano marcado por muita coisa, um 2014 com sabor agridoce, meses de coisas boas e más, vitórias e derrotas, vontades e anseios... Um ano que fica marcado, sobretudo, por pessoas e é a essas que dedico esta publicação, é a essas que quero agradecer!

Alfragide (não, não é o IKEA, é Alfragide) foi a minha casa durante os últimos tempos e foi lá que reforcei o sentimento de pertença à Família Santos. Todos eles, sem excepção, merecem hoje o meu abraço apertado por tudo o que fizeram, fazem e (sei que) farão por mim. À minha amiga de sempre, a Inês, por toda a compreensão e partilha nos melhores e piores momentos; ao seu "querido", o Ricardo, pelas deliciosas discussões sobre futebol, desporto em geral e tantos outros assuntos banais que deram gozo debater contigo; ao meu segundo mano, o David, pelas longas conversas no sofá do teu quarto e pelos desabafos e gargalhadas constantes; à minha avó emprestada, a Avó Antonieta (não dá para dizer o seu nome sem a palavra "avó" antes) pelo carinho e pelas palavras de uma verdadeira avó; ao meu tio/segundo pai, o Paulo, por seres exatamente isso, um pai; à minha maravilhosa tia/segunda mãe pelas cusquices, pelos serões no sofá a ver a novela e pelas deliciosas risadas que dei com os teus esquecimentos e "aluanços".

A FADU - Federação Académica do Desporto Universitário (foi assim que me habituei a escrever) foi o meu primeiro emprego, verdadeiramente dito. Passei por muitas conquistas, mas também por muitas frustrações, mas chego ao fim com o sentimento de dever cumprido, dentro daquilo que me foi possível. Hoje sinto que dei uma pequena ajuda na melhoraria do nosso Desporto Universitário e isso deixa-me de coração cheio. Mas mais uma vez, de tudo isto, ficam as pessoas. À Joana por todas as aprendizagens que me passou e por toda a troca de "coisas palermas" que me fizeram rir num dia longo de trabalho; à Vânia pelos conselhos de "irmã mais velha" e pelo apoio "nortenho" que sempre me deu; ao Manel por todas as piadas secas e todas as picardias com o meu sotaque ou com as minhas raízes do Norte; à Cátia por me fazer rir sem parar com os seus ataques de riso de ficar vemelha e perder o ar; ao "Tio" Paulo pelos nossos desabafos e partilha de gomas e rebuçados de mentol; ao Marquinho pelo companheiro rabugento e teimosamente amigo que é; à Filipa por me ter mostrado a sua garra e paixão pelo Desporto e pela FADU e por tudo o resto que me ensinou enquanto pessoa e profissional.

Lisboa não seria a mesma sem as minhas companheiras, que representaram a minha armadura de ferro, o meu escape. À Maria por estar sempre lá e pela amiga maravilhosa que é; à "madrinha" Su por todas as vezes que atravessou a ponte só para me ver, por todas as conversas longas e pelo sorriso terno que cura qualquer problema; à minha "pequena" Lipoca por tudo: pelos jantares, as dormidas, as noites, as gargalhadas, os desabafos, os gritos de vuvuzela que só tu sabes dar.

E finalmente, "last but not least", ao meu papi, à minha mama, ao meu mano e ao meu amor por não me deixarem cair, por não me deixarem desistir e por me empurarrem para a frente mesmo quando ficaram a chorar por dentro com a minha ausência.

Fecha-se mais um ciclo. Um ciclo que me marcou especialmente, não só pelo desafio que significou enquanto profissional, mas também enquanto pessoa.

Obrigada Lisboa, por me acolheres tão bem e transformares o meu odiozinho de estimação por ti em carinho e ternura.
Obrigada Lisboa, até um dia!

Rita Magalhães