segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Jogo das palavras

É incrível como às vezes brincamos com as palavras, como escolhemos minuciosamente aquilo que queremos dizer, a forma como tentamos expressar-nos da forma mais adequada.
É incrível o que nos leva a entrar no jogo do diálogo, do correcto e do politicamente aceitável.
Porque não dizê-lo? Porque não atirar para o ar e esperar que sejamos entendidos? Porque não simplesmente dizer o que nos vem à cabeça num primeiro impulso? Afinal, não é essa a vontade de toda a gente? É. No entanto, viemos em sociedade, vivemos uns com os outros, não vivemos apenas de nós, vivemos com o que os outros pensam, com o que os outros dizem, com o que os outros sentem.
É incrível como chega a ser essencial para nós a maneira como somos observados, julgados e aceites.
É incrível que não possamos ser nós próprios numa grande maioria das vezes.
É incrível a quantidade de sapos que temos que engolir, a quantidade de "sorrisos amarelos" que temos que exibir, a quantidade de pensamentos que temos que oprimir. Temos? Não, devemos. Porque afinal, tudo não passa de um jogo de palavras que vence quem sair por cima, quem se mostrar mais forte e capaz de ultrapassar todos esses "outros" que apontam o dedo na nossa direcção.

Rita Magalhães

sábado, 5 de novembro de 2011

Faço fazendo

Faço fazendo aquilo que sinto,
Aquilo que é o certo para mim.
Faço fazendo porque tem sentido,
porque sim e porque não.

Faço fazendo simples e complexos
movimentos, palavras e acções.
Deixo levar-me, é espontâneo, é natural
porque faço fazendo e apenas assim o sei fazer.

Vivo o amor, a dor, a saudade, o desejo.
Faço como sei, fazendo o que sei,
Vivendo das conquistas e das frustações.
Vivo fazendo e faço vivendo!...

Rita Magalhães


segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Novo regresso

Volto a escrever por necessidade, porque me quero expressar de outra forma sem ser a linguística, não para todos verem mas pelo mero facto de que preciso, porque é simplesmente inevitável. A vontade de mostrar pelo que estou a passar, a forma como penso, como digo as coisas, como disparo para o ar à espera que embata na primeira pessoa que aparecer, como resmungo, como rio e me divirto.
Eu diria que é quase impossível não transformar o meu dia-a-dia em palavras. Serve como desabafo, serve como diário, serve como reflexão... É uma parte importante das minhas decisões e uma parte importante da partilha que tenho para quem lê o que escrevo, funciona como um ponto de equilibrio no meu estado de espírito.
Em Manchester nem tudo são rosas, mas há papoilas bem bonitas, por isso não quero de todo parecer dramática ou catastrófica. É o meu espaço, a minha forma de comunicar com os outros e comigo mesma e por todas estas razões o blog está de volta... Com outro nome, outro espírito mas com a mesma criatura por de trás destas palavras.


Rita Magalhães

terça-feira, 31 de maio de 2011

Há dias assim...

Há dias assim...
Boa disposição, raios de sol, rodeada de amigos e de conversas alegres que nos fazem rir há gargalhada. Momentos que nos marcam, que nos mostram como ainda há pessoas incríveis, de confiança e que nos provam que nem todos os momentos sãos sombrios e difíceis!
Quem disse que os bons amigos são só aqueles que estão connosco há anos, que nos aturam sempre, que nos conhecem bem demais? Há também aquele grupo de amigos, também restrito, que em pouco tempo nos conhecem melhor que ninguém, que desvendam o que sentimos só de olharem para nós, que vivem connosco quase 24h sobre 24h, que nos apoiam instantaneamente e incondicionalmente, que se tornam confidentes e que também partilham os seus melhores e piores momentos connosco.
O meu post de hoje vai precisamente para essas pessoas que em poucos meses se tornaram tão importantes e indispensáveis.

Obrigada,
Rita Magalhães

domingo, 29 de maio de 2011

Conquistas e fracassos

O tempo não parou
O Mundo continuou a girar
Contínua rotina enfadonha
Não tenho como a parar.

Passam os dias e as noites
A porta continua aberta
Espero pacientemente
Até que entre a pessoa certa.

Não peço nada demais,
Só queria uma explicação
Como é que é possível
Ser racional, sem pensar com o coração.

As palavras por vezes são duras
Quantas vezes penso em desistir
Num momento tudo desaba
No outro, sei bem que vou conseguir!...

Rita Magalhães